quinta-feira, 24 de junho de 2010

PE e AL recebem 16 toneladas de medicamentos para atender vítimas das enchentes

Kits de remédios são suficientes para atender a 113 mil pessoas por um mês em AL e PE; médicos, enfermeiros e profissionais do SAMU devem chegar a AL até sexta-feira

Em virtude das fortes chuvas que atingiram Pernambuco e Alagoas nos últimos dias, o Ministério da Saúde enviará 16 toneladas de medicamentos e insumos aos dois Estados, volume suficiente para atender a cerca de 113 mil pessoas em um mês. O envio, que já teve início na noite desta terça-feira (22), será feito em sete remessas e deve ser concluído até o final desta quinta-feira (24).

Pernambuco receberá 53 kits, num total de 11 toneladas, para atender a cerca de 80 mil pessoas pelos primeiros 30 dias. Alagoas receberá 22 kits, num total de 5 toneladas, para atender a aproximadamente 33 mil pessoas no primeiro mês. O kit é composto de 48 itens, entre antibióticos, antibacterianos, antitérmicos, anti-hipertensivos, analgésicos, seringas descartáveis, ataduras e esparadrapo impermeável, entre outros.

O Ministério da Saúde também enviará 105 profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem para reforçar o atendimento hospitalar e a atenção básica em Alagoas, bem como o SAMU-192 (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Já em Pernambuco, a avaliação do governo do Estado é que, neste momento, não há necessidade de reforço das equipes por parte do ministério.

Além disso, técnicos de vigilância epidemiológica do Ministério da Saúde serão deslocados para os dois estados nesta tarde, com a missão de prestar assessoria às secretarias estaduais no que diz respeito à vigilância da qualidade da água para consumo humano; prevenção e vigilância de doenças transmissíveis, entre outras ações que sejam necessárias.

CARTILHA COM ORIENTAÇÕES – Também serão enviadas 30 mil cartilhas sobre como agir em caso de enchentes para os dois Estados e mais 10 mil para pessoas em situação de abrigo, somente para Pernambuco. Uma das preocupações são as dificuldades de acesso a água limpa e as doenças que costumam surgir em locais atingidos por enchentes, como diarréias, hepatites e leptospirose.

A aglomeração de pessoas em abrigos, por exemplo, pode favorecer também o surgimento de doenças respiratórias. Por isso, a cartilha para os que estão em situação de abrigo orienta aos desabrigados que estão dividindo espaço em alojamentos que busquem manter os ambientes limpos e ventilados.

O material também traz dicas gerais de limpeza e de prevenção de doenças, como lavar as mãos antes de preparar alimentos e de comer e depois de tocar em pessoas doentes ou em objetos que tenham estado em contado com a água da enchente.

Caso a água apresente odor ou coloração diferente, a orientação é para utilizar somente para a descarga do vaso sanitário. As cartilhas alertam, ainda, sobre a importância de orientar as pessoas, principalmente crianças, que não nadem ou brinquem em poças d’água, lagos ou rios que possam estar contaminados pelas águas das enchentes.

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